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Inundações no RS: famílias em situação de pobreza vão receber R$ 2,5 mil

Publicado em 17/05/2024 às 12:47

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou na sexta-feira, 17, o início do pagamento de R$ 2,5 mil para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), residentes em áreas do Estado que foram inundadas pelas chuvas.

De acordo com o programa Volta por Cima, o depósito para sete mil famílias já foi efetuado. Até o dia 24 de maio, mais 40 mil famílias vão receber o pagamento. O dinheiro será creditado no Cartão Cidadão (Cartão do Devolve ICMS - Banrisul). Em caso de extravio, um novo documento deve ser solicitado.

No ano passado, famílias atingidas pelas enchentes que atingiram o Vale do Taquari também receberam os recursos por meio deste cartão. "Estamos efetuando hoje (sexta-feira) o depósito para sete mil famílias neste cartão, que são aquelas famílias que as prefeituras já apresentaram os cadastros e estão desabrigadas", afirmou Leite. "Não é um recurso específico para qualquer tipo de uso. É para o que elas precisarem", acrescentou o governador.

Auxílio do Pix SOS

Leite também anunciou que as famílias desabrigadas ou desalojadas, inscritas no CadÚnico, não contempladas pelo programa Volta por Cima e com renda de até três salários mínimos vão receber cada uma R$ 2 mil.

A identificação inicial envolve 23 mil famílias, com início dos pagamentos para a população de Encantado e Arroio do Meio. Para mais informações sobre o cronograma acesse o site SOS enchentes.

"Arrecadamos mais de R$ 100 milhões no Pix do SOS Rio Grande do Sul. No cartão, emitido com o apoio da Caixa Econômica Federal, será creditado R$ 2 mil. Montamos um comitê com a participação do governo estadual e da sociedade civil que definiu que este recurso deveria ir direto para a mão destas famílias que foram atingidas", acrescentou Leite.

Reconstrução gaúcha

O governador também reforçou que estão sendo discutidas ações com as prefeituras e o governo federal para viabilizar espaços para abrigar a população. "Para que tenhamos alternativas, sabendo que há estruturas que não vão poder ficar ocupadas por muito tempo. É preciso dar alternativa para a realocação destas pessoas para locais igualmente dignos", disse Leite.

No médio prazo, o governador destacou ainda uma frente de reconstrução das infraestruturas e avaliação contínua do progresso das diferentes frentes de reconstrução, priorizando áreas com base na evolução da situação local. No longo prazo, as ações também devem contribuir para o fortalecimento da resiliência da comunidade e diversificação econômica.

Secretaria da Reconstrução Gaúcha

Leite também divulgou que a Secretaria de Parcerias e Concessões será transformada em Secretaria da Reconstrução Gaúcha.

"Por que essa secretaria? Porque ela já se dedica a um formato de trabalho em que modela soluções especialmente para infraestrutura e serviços públicos, dando suporte a cada uma das secretarias em suas frentes de trabalho", explicou ele.

Comitê sobre mudanças climáticas

Durante a coletiva também foi anunciada a criação de um Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática para desenvolver ações para a adaptação e a resiliência climática do Rio Grande do Sul, que terá apoio de especialistas e acadêmicos.

"Estamos criando a Secretaria da Reconstrução Gaúcha, que substituirá a atual Secretaria de Parcerias, um conselho com câmaras temáticas que vão discutir medidas em todas as fases do programa e um Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, com a presença de cientistas e da academia para subsidiar as iniciativas que vão projetar o nosso futuro", disse Leite.

Inauguração do Centro Administrativo de Contingência

Com a indisponibilidade temporária do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), - prédio que abriga a maior parte da estrutura e dos servidores das secretarias do Estado -, em função da enchente em Porto Alegre, foi estruturado um novo espaço para receber os gabinetes do governador e do vice, além das secretarias, de acordo com o governo.

Denominado Centro Administrativo de Contingência (CAC), o prédio vai funcionar na Avenida Joaquim Porto Villanova, 201, no Jardim Carvalho.