Ibovespa cede aos 126,9 mil pontos enquanto mercado aguarda ata do Copom
Bolsas; Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira praticamente no zero a zero, em um dia marcado pela cautela no mercado e baixa liquidez. Sem indicadores ou notícias de peso, investidores evitaram grandes movimentos e preferiram aguardar pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo IPCA-15 de março, que serão divulgados na terça-feira.
À espera de novas informações capazes de balizar as apostas no futuro da taxa Selic, o Ibovespa oscilou em margem estreita, de menos de 500 pontos entre a mínima, de 126.750,47 (-0,22%), e a máxima, de 127.224,32 (+0,16%). No fim do dia, tinha 126.931,47 pontos, 0,08% abaixo do fechamento anterior.
O saldo do dia foi o resultado de um cabo de guerra. De um lado, Petrobras (PN +1,53%, ON +1,25%) e outras petroleiras, como Prio ON (+2,10%), pegaram carona nos ganhos em torno de 1,5% do petróleo e tentaram sustentar o índice. Do outro, Vale (ON -0,21%) pesou, acompanhada da maioria das ações.
Segundo o operador de renda variável da Manchester Investimentos Thiago Lourenço, o mercado adotou tom de cautela, com alguma realização, enquanto aguarda por uma bateria de informações que será divulgada esta semana. "Até quarta-feira devemos ter um direcional mais claro, a depender dos dados", afirma.
Agentes do mercado vão buscar na ata do Copom, na terça, informações que ajudem a decifrar o raciocínio por trás da mudança no "forward guidance" do comitê e a adequar as expectativas para a taxa Selic. No comunicado da última quarta-feira, o Copom sinalizou apenas mais um corte de 0,5 ponto porcentual nos juros na sua próxima reunião, em maio. Até então, vinha indicando esse ritmo nas "próximas reuniões", no plural.
Nesta segunda-feira, o aumento dos preços do petróleo foi o principal destaque e sustentou os ganhos das empresas do setor. O contrato futuro do WTI para maio subiu 1,63%, para US$ 81,95 o barril, enquanto o Brent para junho avançou 1,47%, para US$ 86,08 o barril.
As altas responderam tanto ao enfraquecimento global do dólar, quanto à percepção de risco para a oferta da commodity, devido à escalada das tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia.
As maiores quedas ficaram com Braskem PNA (-4,54%), que sucumbiu a uma realização de lucros, além de CCR ON (-3,20%), Casas Bahia ON (-2,94%), Telefônica Brasil ON (-2,84%) e Isa Cteep PN (-2,56%). Na ponta positiva, duas petroleiras - 3R Petroleum ON (+3,47%) e Petroreconcavo ON (+2,87%) - além de Natura ON (+2,24%), Prio ON e Cielo ON (+1,75%).