Doze anos após acidente, Schumacher permanece recluso e sob cuidados intensivos
Família mantém privacidade sobre estado de saúde do heptacampeão, que não se comunica e inspira comoção mundial.
Há exatos 12 anos, Michael Schumacher sofreu um grave acidente enquanto esquiava em Méribel, na França. O heptacampeão de Fórmula 1 bateu a cabeça e precisou ser levado às pressas para o hospital, ficando em coma por meses no início da recuperação.
Desde então, a família Schumacher optou por preservar a privacidade do ex-piloto, hoje com 56 anos, e divulga poucas informações sobre seu estado de saúde. O acesso a ele é restrito a poucas pessoas.
Recentemente, Richard Hopkins, amigo próximo de Schumacher e ex-chefe de operações da Red Bull, lamentou a ausência de notícias sobre o alemão. "Acho que não o veremos novamente", declarou em entrevista ao portal SPORTbible.
Em abril deste ano, a imprensa alemã noticiou que Schumacher viajou de helicóptero da Espanha, onde reside atualmente, para a Suíça, dias antes do nascimento de sua primeira neta, Millie, filha de Gina-Maria. Gina é fruto do casamento de Schumacher com Corinna, companheira desde 1995. O casal também tem Mick Schumacher, ex-piloto de Fórmula 1 e atualmente competidor em provas de Endurance da FIA.
No mesmo mês, Schumacher protagonizou uma aparição simbólica ao assinar, com auxílio de Corinna, um capacete utilizado por Jackie Stewart, lenda escocesa da Fórmula 1, durante uma volta de apresentação no GP do Bahrein. "Sua mulher o ajudou, e agora o capacete conta com a assinatura de todos os campeões ainda vivos", comentou Stewart à época.
Schumacher segue recluso e sob cuidados intensivos. Informações recentes apontam que o piloto não consegue mais se comunicar verbalmente. "Lamento que hoje falemos dele como se estivesse morto. Ele não está morto, está lá, mas não consegue se comunicar", disse Pietro Ferrari, vice-presidente da Ferrari, em entrevista a um jornal italiano, em 2021.
Em 2019, surgiram rumores de que o piloto teria passado por um tratamento experimental com células-tronco, negados por seu médico, Philippe Menasché. "Eu não faço milagres. Com minha equipe, não estamos fazendo nenhum experimento. É um termo abominável que não corresponde à minha visão do que é medicina", afirmou à imprensa italiana.
Há relatos de que, em 2024, Schumacher teria comparecido ao casamento de sua filha Gina-Maria, em cerimônia com uso de celulares proibido para preservar a privacidade.
Família foi vítima de chantagem
Em fevereiro de 2025, três homens foram presos por chantagear a família Schumacher. Os suspeitos exigiram 15 milhões de euros (mais de R$ 95 milhões) para não divulgar fotos e vídeos privados do piloto, além de registros médicos.
Segundo o Ministério Público, cerca de 900 fotos e 600 vídeos estavam em posse dos criminosos, que também tinham laudos médicos. O material foi apreendido, mas um disco rígido permanece desaparecido.