Dorival Júnior entrou para a história do futebol brasileiro neste domingo ao conquistar a Copa do Brasil no comando do Corinthians. Com o novo título, o treinador iguala Luiz Felipe Scolari, o Felipão, como maior campeão do torneio, ambos com quatro conquistas.

Felipão ergueu a taça por três clubes diferentes: Criciúma (1991), Grêmio (1994) e Palmeiras, onde foi bicampeão (1998 e 2012). Com o título corintiano, Dorival também se iguala ao rival em número de títulos, já que o Corinthians alcança sua quarta Copa do Brasil — as anteriores foram em 1995, 2002 e 2009.

Antes de triunfar pelo time do Parque São Jorge, Dorival já havia levantado a taça por dois dos maiores rivais do Corinthians. Em 2010, comandou o Santos de Neymar na conquista diante do Vitória. Em 2023, levou o São Paulo ao seu primeiro título do torneio, superando o Flamengo na final.

O treinador também foi campeão com o próprio Flamengo em 2022, ano em que conquistou ainda a Libertadores. Apesar do desempenho, não teve o contrato renovado, pois a diretoria optou pela contratação do português Vítor Pereira, que, à época, recusou renovar com o Corinthians.

Após a saída do Flamengo, Dorival assumiu o São Paulo, deixando o clube apenas para aceitar o convite para treinar a seleção brasileira. Demitido pela CBF em março deste ano, foi contratado pelo Corinthians em abril, em meio a uma das maiores crises institucionais da história do clube.

Mesmo sob críticas pelo desempenho no Brasileirão, em que o Corinthians terminou em 13º lugar, Dorival ganha respaldo para seguir no comando após o título. Seu contrato vai até o fim de 2026.

Durante a temporada, Dorival usou diversas coletivas para reclamar da falta de reforços. O clube acabou punido com transfer ban e, sob seu comando, apenas o atacante Vitinho foi contratado, anunciado poucos dias antes da punição da Fifa. Antes disso, somente Angileri havia sido reforço, em fevereiro.