Arqueólogos descobrem impressão digital de marinheiro em navio de 2.400 anos
Estudo revela impressão digital preservada em resina de embarcação escandinava do século IV a.C., lançando luz sobre técnicas construtivas antigas.
Arqueólogos identificaram uma impressão digital humana em resina utilizada na impermeabilização do mais antigo barco de tábuas de madeira já encontrado na Escandinávia.
O achado foi feito durante um novo estudo sobre fragmentos de calafetagem e cordame do chamado barco de Hjortspring, trazendo novas evidências sobre sua origem e os métodos empregados em sua construção.
A embarcação foi descoberta por trabalhadores de turfa no pântano de Hjortspring, na ilha de Als, Dinamarca, ainda na década de 1880, e totalmente escavada entre 1921 e 1922.
Junto ao barco, foram encontrados diversos artefatos, como pontas de lanças e escudos, suficientes para equipar cerca de 80 guerreiros, segundo o portal The History Blog.

Desde 1937, os fragmentos do barco estão conservados e em exposição no Museu Nacional da Dinamarca.
O estudo recente analisou partes do barco que haviam sido coletadas nas escavações originais, mas nunca passaram por tratamentos químicos de preservação. Os resultados foram publicados na revista científica PLoS ONE.

A datação por carbono das cordas e da calafetagem indica que o barco foi provavelmente construído entre os séculos IV e III a.C., período que coincide com as estimativas anteriores para a madeira encontrada no local.
Durante a análise, os cientistas localizaram uma impressão digital humana parcial em um dos fragmentos de calafetagem. Embora não tenham conseguido determinar com precisão a identidade ou a origem da impressão, é possível que ela tenha sido deixada por um dos marinheiros durante reparos na embarcação, estabelecendo uma conexão direta com os construtores do antigo navio.
Por Sputinik Brasil