Técnico multicampeão no handebol defende mudança no esporte
Esportes, Atlética Unip, JUBs Brasília, Eduardo Carlone, Handebol Feminino, bicampeã, CBDU
A universidade pode ser o caminho para salvar o esporte no Brasil. A opinião é de Eduardo Carlone, técnico do handebol feminino da Universidade Paulista (Unip-SP), bicampeã do JUBs. Com nove títulos de Liga Nacional, Campeão Pan-Americano e ex-treinador da seleção brasileira, Carlone entende que o modelo universitário pode ser a salvação para o esporte brasileiro.
“Aqui no Brasil nós temos o modelo de clubes, e está muito difícil. O modelo de universidades, que é super consagrado nos Estados Unidos, poderia ser implantado no Brasil, fomentado, aperfeiçoado, para que, no futuro, as jogadoras tenham um espaço para jogar”.
Notícias relacionadas:
- Brasil é prata e bronze no Mundial de triatlo paralímpico na Espanha.
- STJD pune Alcaraz e Yuri Alberto por agressão no Corinthians x Fla.
- TV Brasil transmite 4 jogos do Brasileirão Série B no fim de semana.
O exemplo estaria no próprio JUBs Brasília 2024.
“Aqui, neste ano, foram cinco equipes da Liga Nacional no JUBs. Isso aqui é uma válvula de escape para todos os esportes, não só para o handebol. A gente tem que aperfeiçoar. Não só no nível universitário, mas também no ensino médio. Além do esporte, tem a questão da educação, de se tornar um profissional. A carreira do atleta é curta. A situação dos clubes está cada vez pior, menos clubes, menos cidades investindo”.
Na final do handebol feminino no JUBs Brasília entre Unip-SP e UniCesumar-PR, a torcida puxou o grito de bicampeã apenas nos 10 segundos finais do confronto.
O primeiro tempo terminou com grande vantagem para a equipe de São Paulo, 20 a 10. O próprio Eduardo Carlone sabia que algo atípico estava acontecendo.
“A gente jogou um primeiro tempo muito bom, tanto ofensivamente quanto defensivamente, mas o Maringá esteve muito abaixo do seu melhor. É um time de Liga Nacional que está no “Final Four”. Nós enfrentamos na fase de classificação aqui é nossa vitória tinha sido de apenas um ponto de diferença”.
No segundo tempo, tudo mudou.
“Elas entraram no jogo e a gente caiu um pouquinho, sabíamos que 10 gols de diferença era um acaso”.
A UniCesumar melhorou e, faltando um minuto para terminar a final, o placar estava 29 a 27, apenas dois gols de diferença.Na tentativa de buscar o empate, o time de Maringá acabou errando o ataque nos segundos finais. A Unip recuperou a posse, trabalhou bem e marcou o último gol faltando 10 segundos para acabar o jogo. Placar: 30 a 27.
* O repórter Maurício Costa viajou à Brasília a convite da CBDU.