Faleceu hoje, sexta-feira, 26 de dezembro, o maratonista palmeirense Tonho da Serra, uma das figuras mais emblemáticas e queridas de Palmeira dos Índios. Conhecido por transformar as ruas, estradas e cidades de Alagoas em pistas de corrida, Tonho construiu uma trajetória marcada pela simplicidade, pela persistência e pela paixão pelo esporte.

Figura folclórica e, ao mesmo tempo, profundamente respeitada, Tonho da Serra tornou-se um cidadão notório não apenas em Palmeira dos Índios, mas em toda a região, por participar de maratonas e provas de longa distância em diversos municípios do estado. Seu feito mais lembrado foi a participação na tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo, sonho de muitos atletas e símbolo máximo da corrida de rua no Brasil.

Mais do que competir, Tonho corria por vocação. Corria pela alegria de cruzar cidades, de ser reconhecido nas ruas, de ouvir o incentivo de quem o conhecia pelo nome ou apenas pela figura já inseparável do asfalto e da poeira das estradas. Sem patrocínio, sem estrutura profissional, carregava apenas a força de vontade e a disciplina de quem fez do esporte um modo de vida.

Para muitos palmeirenses, Tonho da Serra representava a ideia de resistência, de perseverança silenciosa e de orgulho local. Era presença constante em eventos esportivos, festas populares e no cotidiano da cidade, sempre associado à imagem do atleta popular que corre por amor, não por medalhas.

Sua morte, neste dia pós-Natal, deixa um sentimento de vazio e saudade. Vai-se o maratonista, fica a memória de um homem simples que correu longe, correu muito, e correu principalmente dentro da história afetiva de Palmeira dos Índios.

Tonho da Serra parte, mas seu nome segue em cada lembrança, em cada rua percorrida e em cada história contada por quem o viu correr. Uma dessas figuras raras que ajudam a construir a identidade de uma cidade.

À família, amigos e admiradores, nossos sentimentos.