Pesquisa divulgada na imprensa local, com publicação no portal de Maceió cadaminutocom.br mostra cenário crítico em Palmeira dos Índios enquanto outros municípios do Agreste registram altos índices de aprovação

A mais recente pesquisa do Instituto IBRAPE, divulgada na imprensa alagoana e repercutida na imprensa, revela um retrato preocupante da realidade política e administrativa de Palmeira dos Índios.

O levantamento aponta que a população do município está profundamente dividida quanto à avaliação da atual gestão: 49% aprovam, 49% reprovam e apenas 2% se dizem indecisos.

O resultado escancara um empate absoluto que vai muito além de um simples dado estatístico. Ele traduz uma cidade partida ao meio, marcada por insatisfação crescente, descrédito e ausência de consenso sobre os rumos da administração municipal.

Diferentemente de outros municípios do Agreste, onde os prefeitos aparecem com índices confortáveis de aprovação, Palmeira dos Índios se destaca negativamente pelo clima de tensão política e desgaste administrativo.

Nos bastidores, a leitura é ainda mais crítica. Parte significativa do percentual de aprovação é atribuída, segundo avaliação política local, à influência direta do funcionalismo municipal — especialmente servidores contratados via instituto IGPS — que acabam sustentando numericamente o índice positivo. Fora desse círculo, a percepção popular é de frustração com serviços públicos, infraestrutura urbana deteriorada, problemas recorrentes na saúde, mobilidade e falta de respostas efetivas às demandas da população.

A pesquisa reforça o sentimento que já se manifesta nas ruas, nas redes sociais e nos debates públicos: Palmeira dos Índios vive um momento de instabilidade política e administrativa, com um governo que não consegue ampliar sua base de apoio nem reduzir o alto índice de rejeição.

OUTROS MUNICÍPIOS DO AGRESTE APRESENTAM CENÁRIO OPOSTO

Enquanto Palmeira dos Índios amarga um empate técnico que simboliza divisão e desgaste, a pesquisa do IBRAPE mostra um panorama bem diferente em outros municípios do Agreste alagoano. Cidades como Teotônio Vilela, Campo Alegre, Coité do Nóia, Craíbas, Traipu, Girau do Ponciano e Arapiraca registram índices de aprovação elevados, muitos deles acima dos 80% e 90%, demonstrando maior estabilidade política e respaldo popular às gestões locais.

Mesmo municípios com desempenho intermediário ainda superam com folga o cenário observado em Palmeira dos Índios, evidenciando o isolamento do município dentro do contexto regional quando o assunto é avaliação administrativa.

O levantamento do IBRAPE, portanto, não apenas mede números, mas expõe um alerta claro: Palmeira dos Índios está oficialmente rachada, e o resultado da pesquisa confirma um sentimento de insatisfação que já se tornou dominante no cotidiano da cidade. O desafio da gestão, a partir de agora, será romper essa barreira de rejeição e convencer uma população cada vez mais crítica — tarefa que, à luz dos números, se mostra cada vez mais difícil.