Longe do litoral, no interior não muito distante, Alagoas mostra-se seca e problemática. A água é um recurso optativo para as gestões de alguns municípios enquanto que para outros é fundamental. Em Arapiraca, embora imperfeita, incentiva o uso de recursos em obras de transposição e realocação da água. Em Palmeira dos Índios, a poucos quilômetros da terra de Manoel André, as gestões lança mão da sorte para não deixar a população morrendo de sede, em plena primavera.
A CASAL, responsável pelo abastecimento de água no estado, não só já informou do colapso do sistema hídrico que abastece Palmeira dos Índios, e mais de uma dúzia de municípios, como já deixou de utilizar a barragem da carangueja. O município agora conta apenas com um único reservatório, que antes abastecia 30% da cidade. A população, “precavida” como sempre, já entra em leve desespero ante a inevitável falta de água crônica que deixou de ser mera ameaça. Carros-pipa já são vistos pela cidade, aumentando o desespero daqueles mais sensíveis ao drama da seca e abastecendo quem pode comprar a carga.
E, para completar, o calor não está fácil. A vegetação, tão verde nos meses chuvosos, agora está seca. A pouca quantidade de árvores nas ruas e avenidas ajuda a promover, consideravelmente, o calor nas edificações e o uso da energia elétrica tende a aumentar ainda mais quando se nota que o verão nem chegou.
O agreste e o sertão alagoanos passará, se tudo correr conforme o planejado, por uma seca acachapante em que só os fortes escaparão com sanidade.