O povo sai às ruas pedindo o impedimento da Presidente Dilma Rousseff. Brada contra a corrupção. Um exemplo de brasileiros.
Mas quando os estudantes em São Paulo ocupam escolas contra os atos prejudiciais do governo estadual daquele Estado nenhum desses dignos cidadãos apoiam o ato. Muito pelo contrário, chamam de baderna.
Quando as centrais sindicais mobilizam-se pela garantia dos direitos trabalhistas, independente de quem está no Palácio do Planalto, nenhum desses exemplares cidadãos sai às ruas.
Quando as passagens do transporte coletivo aumentam vertiginosamente, todos os anos, sem que o serviço melhore nenhum desses bons cidadãos sai às ruas com indignação.
Quando a Controladoria Geral da União inicia campanhas contra a corrupção – todos se calam.
E se o Governo Federal fosse adepto do poder pela força as Forças Armadas estariam nas ruas, pedindo carinhosamente que esses cidadãos, que passaram a pedir, inclusive, a volta dos militares, fossem para casa teríamos um exemplo do que essa parcela, pequena, da população quer e não saber o que esse querer tem como consequências.
O impedimento da Presidente é um ataque à Soberania popular e à Democracia e qualquer argumento contrário é meramente um argumento a favor de uma ditadura revestida de falsa legalidade.
O impedimento da Presidente e essas manifestações, que ocorreram ao longo do ano, não representam o povo brasileiro, em sua totalidade, independente do que a mídia manipulativa tente mostrar para o próprio Brasil e para a comunidade internacional.