ARTES MACIAIS

AFPA finaliza 2025 com a promoção de Faixas de mais de 500 judocas e formação de três novos faixas pretas para o judô alagoano

Com esta conquista, o clube passa a contar com 10 senseis, distribuídos em seus quatro polos: dois na capital, sendo a Sede (Serraria) e Cruz Vermelha; Porto de Pedras; e TeotônioVilela.

Por Assessoria AFPA Publicado em 31/12/2025 às 16:16
Acervo AFPA

Em um ano de grandes avanços para o judô alagoano, a Associação dos Faixas Pretas de Alagoas (AFPA) encerra suas atividades do ano de 2025 com a promoção de 580 judocas, nas mais diversas categorias, distribuídos entre os quatro polos do clube e escolas parceiras que levam sua metodologia através dos seus professores (Sensei), celebrando ainda a mais nova conquista da instituição: a formação de três novos faixas pretas pela entidade, fortalecendo o judô alagoano: sensei Letícia Silva Nunes, sensei Júlio César Araújo Tavares e sensei Celson Antônio dos Santos.

As cerimônias de trocas de faixas e entregas de certificados iniciou com os novos senseis, promovida pela Comissão Estadual de Graduação da Federação Alagoana de Judô (FAJU), realizada no Auditório Lauthenay Perdigão, da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (SELAJ), no início do mês.

Para o presidente fundador da AFPA, sensei Weydner Wellinsson da Silva, este é um momento de grande crescimento e fortalecimento para a modalidade, para a Instituição e para os atletas em geral.

“Estamos chegando num momento de grande maturidade da AFPA e estamos todos muito orgulhosos, em ver as sementes que plantamos dar seus frutos. É uma história de muita luta, mas sempre acreditando que o judô transforma vidas, promovendo saúde, bem-estar, cidadania, inclusão e, também, perspectivas de vida para quem se dedica. Estes três novos faixas pretas, que chegaram cedo até nós, por caminhos distintos, mas são três grandes histórias, com grandes possibilidades de irem muito mais longe, contando sempre com a AFPA. Esta é a nossa torcida”, revela Weydner,

Três grandes histórias


Símbolo de maturidade, dedicação e domínio técnico desta reconhecida arte marcial japonesa, a conquista da faixa preta no Judô coroa a trajetória e a vida de um atleta e assim o é para estes três jovens promissores: Letícia Nunes, a primeira sensei mulher formada pelo clube; sensei Julio Cezar, primeiro medalhista de regional do clube, em 2019, na Paraíba; sensei Celson Antônio, ex-aluno de um projeto social do município de Porto de Pedras-AL. Conheça mais destas três inspiradoras histórias.

Letícia teve como professor de base o seu tio e professor Landerson, um dos sócios fundadores e parte da diretoria da AFPA, chegou na Associação em 2018, depois de um ano sem praticar esportes, ainda na faixa amarela, quando a sede ainda era no Clube Fênix Alagoana. No clube, encontrou seu grande parceiro no Judô, Pedro Anísio, que logo em seguida tornou-se o primeiro sensei formado pela Afpa, mas teve sua tão jovem e promissora vida e carreira interrompida por questões de saúde, mas tem sua marca registrada na entidade (o dojô do Pólo Cruz Vermelha leva seu nome) e dos amigos, dentre eles a “Lê”, a primeira faixa preta feminina da Afpa, atleta com participação em destaque estadual e participação em competições nacionais representando o nosso estado.

“O judô me ensinou e me ensina muito a ter disciplina e foco em tudo que vou fazer, dentro e fora do tatame. Sou uma pessoa que me cobro muito, não precisava ser assim, mas eu sou. Agora estou aliviada. Na verdade, eu não ia mais fazer (o exame), porque, além da lesão do meu ombro e outras questões de saúde, tive a perda do Pedro, que foi quem mais me incentivou a voltar, era meu companheiro de judô e me apoiava em tudo. Onde um estava, o outro junto. Ele pegou a preta primeiro, a gente ia estudar junto, ele ia me ensinar. Estes eram os planos. Mas, depois que tudo aconteceu (a partida precoce do amigo), desisti, nem tinha ânimo para voltar, mas conversando com o pai dele, tempos depois tive uma lembrança e resolvi fazer (o exame), por ele. Lembrei dele do início ao fim. Tenho certeza de que, se ele estivesse aqui, estaria lá”, revela Letícia, emocionada com as lembranças.

Outro jovem e inspirador atleta é Julio Cezar. Menino centrado, comprometido, também iniciou o judô ainda no colégio Nossa Senhora Aparecida, aos seis anos de idade, com o professor Diego Henrique, também sensei e um dos fundadores da AFPA. Em seguida foi para o Cristo Rei, onde conheceu Weydner, que aproximadamente um ano após o apresentou o projeto da Associação e o levou para lá.

“Desde então, não parei mais. Acumulei alguns títulos estaduais e interestaduais. Sou o primeiro medalhista brasileiro regional da Associação. Ano passado fui eleito representante dos atletas, o que me deixou muito honrado. Sou muito grato por tudo que o judô tem me proporcionado e a todos que fazem a AFPA. Aqui eu me sinto bem, tenho muitos amigos, e pretendo continuar me dedicando cada dia mais”, garante Julio.

A história de Celson também é outra fonte de inspiração. Ele iniciou o Judô em 2008, no projeto social do município de Porto de Pedras, onde, atualmente segue, agora como professor de educação física e um dos professores do pólo do próprio projeto que o iniciou.

“Estou me sentindo muito feliz com a conquista da faixa preta, uma conquista que eu sou grato em compartilhar. Não é apenas uma conquista minha de forma pessoal, mas de todo grupo que faz a AFPA Polo de Porto de Pedras, e também uma conquista para o município pós sou o primeiro faixa preta formado na cidade. Eu sempre acreditei que com muito treino, estudo e dedicação daria tudo certo. A AFAP representa desafios, conquistas e, principalmente, família, onde somos bem acolhidos e instruídos tanto na vida pessoal como na de atleta. Agora é seguir para Novos desafios, novos aprendizados e novas conquistas”, revela.

Com esta conquista, o clube passa a contar com 10 senseis, distribuídos em seus quatro polos: (Polo Maceió: Diego Henrique, Carlos Sandes, Adilson Alves, Janiere e Weydner Wellisson, Polo Porto de Pedras-AL, Celson Antônio e Weydner Wellisson e Polo Teotônio Vilela-AL, Wbiratan Fernandes).

Relembrando as três histórias e trajetórias dos novos faixas pretas, o professor Weydner fala da importância em levar ao atleta escolar a visão do esporte de rendimento e as oportunidades que isto pode trazer individualmente.

“Se a gente for olhar aí, vamos ter três alunos que iniciam sua trajetória no judô antes da formação da AFPA, mas com os dirigentes da AFPA, com os diretores da AFPA. O Júlio inicia o judô com o Diego, a Letícia inicia o judô com o Landerson e o Celso comigo. Então, a formação da AFPA se deve dessa necessidade de a gente tem de migrar o judô da instituição, da escola, para o rendimento, para a esfera das competições de rendimento. Então, foi com essa necessidade, de detectar os talentos dentro das instituições e trazer para as competições de âmbito federativo, que a gente cria a instituição lá atrás e hoje segue, cada dia mais fortalecida”, comemora Weyner.

Mais Conquistas


Além das graduações, a Entidade conquistou o vice-campeonato alagoano, pela Federação Alagoana de Judô (FAJU), se destacando pelo trabalho de impacto municipal realizado através do judô, classificando 24 atletas para o Brasileiro Regional; Ainda durante o evento festivo dos “Melhores do Ano FAJU 2025”, a AFPA foi reconhecida como um dos Clubes Top 3 do estado, sempre prezando pela qualidade do sistema AFPA de Judô; O clube também teve 02 dos seus atletas convocados para a seletiva nacional de judô, disputando uma vaga para Confederação Brasileira de Judô - CBJ; a ainda, foi reconhecida no prêmio destaques do ano do desporto escolar 2025 da Federação Alagoana de Esportes Escolares (FAEC), na categoria “amiga do desporto escolar”, realizada no dia 14 de dezembro do ano findo.

Ao longo de 2025, a AFPA viveu um ano de intenso trabalho, planejamento e presença ativa. De acordo com o coordenador de projetos do clube, Carlos Sandes, cada ação desenvolvida este ano partiu de um cuidado técnico na elaboração de planos, na coordenação e no controle das iniciativas da associação, tanto no cenário local quanto no nacional, sempre com um olhar além do esporte em si, incorporando ações de cunho social e fortalecendo o envolvimento das famílias no processo de formação do indivíduo, entendendo o judô como uma ferramenta educativa e cidadã.

Este foi mais um ano intenso na Associação, para o desenvolvimento de nossos atletas e colaborativo ao judô alagoano e nacional. Investimos de forma consistente na capacitação, acompanhando e planejando a participação de membros da AFPA em espaços estratégicos de formação, como fóruns estaduais e nacionais, além de manter presença ativa no calendário esportivo organizado pelas entidades que regem o judô e o desporto escolar no país e em Alagoas. Foram muitas ações, muito planejamento interno e, acima de tudo, o compromisso permanente com o desenvolvimento institucional, humano e esportivo da AFPA. O próximo ano não será diferente. Estamos nos preparando para resultados ainda mais consistentes, garante Sandes.

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