A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) comemora um resultado de grande destaque nacional: 19 estudantes do Programa Especial de Treinamento Internacional (Peti) foram premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). O feito ganha ainda mais relevância considerando que, em todo o país, há cerca de cem estudantes premiados nos níveis 2 e 3, que concentram alunos das principais e mais tradicionais escolas brasileiras.

O resultado evidencia o impacto do Peti na formação de jovens talentos, especialmente por seu caráter inclusivo. Grande parte dos alunos premiados é beneficiária do CadÚnico, e todos os participantes do programa possuem renda familiar per capita inferior a um salário mínimo, reforçando o papel do Peti como instrumento de equidade, excelência acadêmica e mobilidade social por meio da educação.

“O desempenho dos nossos estudantes reflete diretamente a qualidade do projeto e, em especial, a excelência do seu corpo docente. O Peti reúne professores com sólida formação acadêmica, experiência internacional e atuação destacada em olimpíadas científicas, capazes de oferecer uma formação de nível comparável à dos melhores centros do mundo”, destaca o professor da Ufal Krerley Oliveira, coordenador geral do programa.

O Peti atende cem estudantes de alta performance acadêmica e baixa renda, oriundos de 16 estados brasileiros. O programa é desenvolvido em parceria entre a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) e a Ufal, por meio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). Entre maio e novembro de 2025, os alunos participaram de uma formação intensiva, com 20 horas semanais de atividades, conduzidas por um corpo docente de alto nível, formado por professores com experiência internacional, atuação em instituições de excelência e histórico consistente na formação de medalhistas em olimpíadas científicas, além de acompanhamento psicológico contínuo.

Entre os premiados está Davi Gomes Nobre, medalhista de prata na OBM, que destaca o impacto do programa em sua trajetória acadêmica e pessoal. “O Peti é um programa excelente, com professores incríveis, acessíveis e muito inspiradores. As aulas são desafiadoras, abordam conteúdos avançados e fundamentais para a preparação olímpica. Evoluí muito ao longo do ano e hoje consigo resolver problemas que antes eu achava impossíveis. Além disso, o Peti me inseriu em uma comunidade olímpica que me tornou uma pessoa muito mais feliz e realizada”, afirma o estudante.

A coordenação acadêmica do Peti é do professor Bruno Holanda, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e a gerência do projeto é realizada por Ynayê Melo. O acompanhamento psicológico dos estudantes foi conduzido por Juliana Reis, do Instituto Metrópole Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN).

Para a Ufal, o desempenho expressivo dos alunos na Olimpíada Brasileira de Matemática reafirma o compromisso institucional com a excelência acadêmica, a inclusão social e a valorização de um corpo docente qualificado, capaz de transformar talento em oportunidades concretas.