Sesau promove Desafio de Vigilância da Qualidade dos Dados de Hanseníase na próxima segunda-feira

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promove, na próxima segunda-feira (24), o I Desafio de Vigilância da Qualidade dos Dados de Hanseníase em Alagoas. O objetivo é reconhecer e premiar os municípios que mais se destacaram no monitoramento e na correção de registros da doença. O evento vai acontecer no Auditório João Sampaio Filho, localizado no Campus I do Cesmac, na Rua Cônego Machado, no bairro Farol, em Maceió, das 9h às 14h.
A ação faz parte de um compromisso firmado durante o último seminário estadual em alusão ao Janeiro Roxo, realizado em 28 de janeiro deste ano, e visa incentivar a qualificação das notificações, fortalecendo a qualidade dos dados e contribuindo para a melhoria das estratégias de controle da hanseníase no estado. A partir do desafio, os municípios trabalharam para reduzir inconsistências e preencher lacunas em registros de casos notificados entre janeiro de 2020 e outubro de 2024.
O encontro é voltado para os coordenadores de vigilância epidemiológica dos municípios, que desempenham um papel fundamental no aprimoramento das notificações e no combate à subnotificação da hanseníase. A vigilância epidemiológica eficiente depende de informações precisas e atualizadas para garantir um acompanhamento adequado dos pacientes e a adoção de medidas eficazes para a eliminação da hanseníase.
A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica e contagiosa que afeta a pele e os nervos, segundo o Ministério da Saúde. Ela é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, e tem como principais sintomas manchas brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, com alteração da sensibilidade térmica ao calor e frio.
Números
Alagoas registrou 312 casos de hanseníase em 2024, conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS). Já de janeiro a fevereiro do ano passado foram registrados 63 casos da doença, contra 57 do mesmo período deste ano.
Os dados reforçam a necessidade de fortalecer as ações de vigilância e acompanhamento da doença para reduzir sua incidência no estado, conforme a gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis. "Com o desafio, a expectativa é que os municípios aprimorem cada vez mais a qualidade das informações registradas no Sinan, contribuindo para um diagnóstico mais preciso da situação epidemiológica da hanseníase", frisou.