SAÚDE

Dia Mundial do Rim: Hospital Metropolitano ressalta importância da prevenção da doença renal crônica

Por Marcelo Alves / Ascom Sesau Publicado em 13/03/2025 às 17:42
Palestra reuniu especialistas e servidores do Hospital Metropolitano Micael Oliveira / Ascom Sesau

O diagnóstico precoce da doença renal crônica reduz a progressão da lesão e facilita o tratamento e a recuperação dos pacientes. Esse foi o alerta do coordenador do Ambulatório de Nefrologia do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), nefrologista João Paulo Lopes, durante o ciclo de palestras que marcou o Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira (13). Sob o tema “Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber!”, o especialista destacou a importância da atenção primária à saúde no diagnóstico precoce.

 

“Os rins são importantes porque filtram o sangue e eliminam substâncias tóxicas e o excesso de líquido do corpo. Além disso, ajudam na produção das células no sangue e no controle ósseo, bem como na ativação de vitamina D”, disse João Paulo Lopes.

 

Ele ressaltou que a insuficiência renal crônica é uma doença irreversível. “A doença renal crônica tem cinco estágios. Se o paciente chega ao estágio três, ele não vai voltar para o estágio um. No quinto e último estágio, a gente pode fazer muito pouco pelo paciente, que já vai ser preparado para a diálise peritoneal, que é um tratamento que substitui a função dos rins, ou hemodiálise”, explicou.

 

João Lopes afirmou que cerca de 40% dos pacientes da rede pública de saúde atingem os estágios finais da doença. Portanto, ele ressaltou o papel central da Atenção Primária, gerenciada pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), no reconhecimento dos indivíduos sob o risco de desenvolver a doença renal crônica.

 

“Por isso o Dia Mundial do Rim trata do aspecto preventivo, bem como alerta sobre a importância do exame de creatina. Ele é um exame de sangue que mede a função renal e avalia quantos por cento desses rins estão funcionando”, destacou João Paulo Lopes.

 

Sinais da Doença Renal

 

Além da preocupação com a alteração no exame de creatinina, o especialista pediu atenção para alguns sinais que favorecem a evolução da doença renal crônica, como infecção urinária e surgimento de cálculos renais. João Paulo Lopes ainda orientou cuidados para os grupos de risco, como diabéticos, hipertensos, pacientes com problemas cardiovasculares, idosos, obesos, sedentários e pessoas com histórico familiar de insuficiência renal.

 

“Mais ou menos 10% da população mundial tem alguma doença renal. E a gente sabe que no Brasil esse número aumenta, entre 14% e 16%. E se a gente falar sobre pacientes que têm diabetes e hipertensão, por exemplo, a gente já tem um patamar de 36% dessa população, que já têm algum grau de doença renal crônica”, informou.

 

Consumo de Água

 

O nefrologista alertou para a importância do consumo de água, alimentação saudável e prática esportiva. “As pessoas estão bebendo pouca quantidade de água. E isso já é consequência da pandemia da Covid-19, que, com o uso de máscaras, trouxe a perda da prática de tomar água todo o dia. E isso é uma situação que favorece o desenvolvimento da doença renal crônica”, pontuou João Paulo Lopes durante a palestra no HMA.