A Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio da Chefia de Ensino Integrado, iniciou na manhã desta quinta-feira (6) a turma do curso básico em Língua Brasileira de Sinais (Libras). A capacitação segue durante a primeira quinzena de fevereiro na Escola de Governo de Alagoas, no Centro de Maceió.

Cerca de 30 agentes das forças de segurança estão participando da qualificação profissional de 40 horas/aulas, que segundo a coordenadora pedagógica, Thaynara Vilela, deve contribuir não só para ampliar o conhecimento dos profissionais, mas também na prestação de serviço à sociedade.

“Tivemos, inclusive, relato de alunos que tiveram ocorrências e não puderam entender o que a pessoa surda estava falando. A gente percebe uma grande crescente da comunidade surda na nossa sociedade e ver os esforços para que mais agentes tenham habilidades na língua é muito importante. É algo que vai se expandir até para a vida pessoal, com as relações e interesses voltados à inclusão social”, afirmou ela.

A Libras é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no Brasil desde a promulgação da lei federal 10.436 de abril de 2002. O curso da SSP visa proporcionar condições de estabelecer uma interação efetiva para promover um atendimento adequado, inclusivo e eficiente.

O secretário da Segurança Pública, Flávio Saraiva, também enaltece a importância da qualificação continuada dos profissionais que estão em contato direto com a população, seja de Alagoas ou visitantes do estado.

“O curso é um bem necessário para garantir a segurança das pessoas surdas de forma adequada, buscando proporcionar ocorrências mais eficazes e possibilitando o cumprimento do dever legal e dos direitos dessa população, fomentando mais cidadania e inclusão. Importante também saber que os agentes estão interessados em buscar mais conhecimento e conquistar novas experiências”, disse Saraiva.

Participam da capacitação integrantes da SSP, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Ronda no Bairro e da Guarda Municipal de Maceió. A expectativa, de acordo com a chefe de Ensino Integrado, major Joyce Bezerra, é que as instruções sejam aprimoradas e em constante evolução.

“A gente já verifica a possibilidade de ampliação. Hoje é um curso básico, mas temos interesse e estamos fazendo o levantamento para disponibilizar também o intermediário ou avançado. Todo investimento será feito para fomentar ainda mais a Língua Brasileira de Sinais nas instituições, que também já faz parte da grade curricular dos cursos de formação das forças policiais”, concluiu a major Joyce.