SAÚDE

Sesau e Ministério da Saúde vão realizar campanha contra o cigarro eletrônico

Por Ruana Padilha / Ascom Sesau Publicado em 10/12/2024 às 14:36
A reunião para discutir ações de enfrentamento aos Dispositivos Eletrônicos para Fumar promovida pela Sesau e o Ministério da Saúde ocorreu nesta terça-feira Marco Antonio / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e o Ministério da Saúde (MS) promoveram, nesta terça-feira (10), uma reunião para discutir ações de enfrentamento aos Dispositivos Eletrônicos para Fumar. O encontro, realizado na Sala de Situação da pasta, em Maceió, contou com a participação de membros da Vigilância Sanitária dos municípios de Arapiraca e Maceió, do Ministério Público do Trabalho (MPT), coordenadores da Vigilância do Trabalhador e representantes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, e reforçou o compromisso com a manutenção de ambientes livres do tabaco e a promoção da saúde pública.



Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar, conhecidos popularmente como cigarros eletrônicos ou vaporizadores, são dispositivos que aquecem soluções líquidas para gerar aerossóis inaláveis. Apesar de serem comercializados muitas vezes como uma alternativa ao cigarro convencional, eles têm gerado grande preocupação por serem prejudiciais à saúde e pelo aumento de seu consumo, especialmente entre jovens.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Eunice Canuto, explicou que, durante a reunião, foram debatidas estratégias a serem adotadas para conscientização da população sobre os malefícios que o uso do cigarro eletrônico causa à saúde. “A princípio iremos realizar um trabalho de disseminação de informações, tanto para população quanto para profissionais que atuam no meio de comércio, bares e restaurantes sobre as leis da Anvisa, que proíbe o uso de cigarros, tanto convencionais quanto eletrônicos, em ambientes fechados.  Além de ampliar os serviços para o tratamento de pessoas dependentes”, frisou.

 

“Possuímos uma preocupação muito grande sobre a iniciação do uso do tabaco entre os jovens. Por isso, a necessidade de ampliar o leque de ações de prevenção. Os cigarros eletrônicos estão sendo vendidos como produtos modernos e inofensivos, mas eles trazem riscos graves para a saúde, especialmente para os jovens, cujo organismo ainda está em desenvolvimento. Além de causar dependência química, esses dispositivos podem provocar danos pulmonares, cardiovasculares e até psicológicos em longo prazo”, pontuou.

Durante a reunião, a representante do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Divisão de Controle do Tabagismo, psicóloga Vera Borges, ressaltou que é preocupante o uso crescente de jovens que usam os dispositivos eletrônicos para fumar. Segundo ela, a atratividade dos cigarros eletrônicos, com sabores variados e embalagens modernas, está criando uma nova geração de dependentes de nicotina.

“Estamos lidando com uma epidemia silenciosa. Os cigarros eletrônicos estão levando a dependência da população jovem. Pesquisas mostram que a população entre as faixas etárias de 17 anos a 24 anos são as que mais estão fazendo uso de cigarros eletrônicos. Ele é um produto extremamente danoso, em que os jovens não têm essa percepção por estarem disfarçados com cheiro bom e embalagem atrativa, que dá uma falsa percepção de que o cigarro eletrônico não oferece o risco que o outro cigarro ofereça”, ressaltou.