Secretaria de Estado da Saúde promove Encontro do Comitê Estadual da Tuberculose
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta quarta-feira (4), o Encontro do Comitê Estadual da Tuberculose, reunindo técnicos dos 102 municípios alagoanos e representantes do Ministério da Saúde. O evento ocorreu no auditório da Faculdade Estácio de Alagoas, em Maceió, com o objetivo de discutir estratégias para aprimorar o diagnóstico e o tratamento da doença no estado.
A técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose e representante do Comitê Estadual de Enfrentamento da Tuberculose, Juliana Teixeira, foi uma das participantes do evento. Ela ressalta que a doença, mesmo sendo uma enfermidade antiga, continua sendo um importante problema da saúde pública no Brasil.
“Hoje nos reunimos com os 84 membros que compõem o comitê, entre o segmento da organização da sociedade civil e representação pelo Governo do Estado. O objetivo do evento é fortalecer as políticas públicas de saúde, com foco na tuberculose no nosso Estado. A perspectiva é de que os diversos membros que ocupam esses espaços não só na saúde, mas em outras secretarias, possam estar atuando e contribuindo para o fortalecimento das ações relacionadas ao combate à doença em Alagoas e, consequentemente, no Brasil”, disse Juliana Teixeira.
A técnica do Distrito Sanitário Especial Indígena Alagoas e Sergipe, Vailza Nascimento, esteve presente no evento representando os povos indígenas. “A importância de trabalhar a questão da representatividade no comitê com relação aos povos indígenas é justamente porque precisamos explorar o contexto intercultural. Não é só especificamente com a doença e em relação à equipe, mas, de forma integral, pois são algumas referências que temos no território, como pajés, lideranças e cuidadores, que têm entendimento sobre a ancestralidade e que podem estar direcionando de que forma isso pode ter trabalhado”, explicou Vailza.
Sintomas da tuberculose e importância do diagnóstico precoce
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre com mais frequência em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
A doença é infecciosa, e o principal sintoma é a tosse, que pode ser seca ou com secreção. Outros sinais de alerta incluem febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. A forma de transmissão acontece por via respiratória como fala e espirro da pessoa infectada.
Quando a tosse persiste por três semanas ou mais, é fundamental que a pessoa busque orientação médica para investigação. O diagnóstico precoce é essencial para o controle da doença e para evitar complicações.
Por isso, toda pessoa com sintomas respiratórios prolongados deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) municipal mais próxima de sua residência para avaliação clínica e realização de exames específicos. A atenção aos sintomas e a adesão ao tratamento são passos fundamentais para conter a disseminação da tuberculose e proteger a saúde da população.
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Alagoas registrou em 2022, 1.025 novos casos de tuberculose e 85 óbitos. Já no ano de 2023, o número de novos casos foi de 1.179 e 80 óbitos. Neste ano, até o mês de novembro, foram registrados 996 novos casos da doença e 67 óbitos.