Há exatos 44 dias um crime de homicídio chocou toda Palmeira dos Índios e região pela forma cruel de sua divulgação à população. Pelas redes sociais, a notícia do homicídio registrado no domingo, 25 de abril em que foi vítima o corretor de imóveis Reginaldo Fernandes, 41 anos, mais conhecido como Regis deixou todos surpresos e atônitos.
Reginaldo foi assassinado com golpes de arma branca, dentro de sua casa, no Conjunto Jaime Soares de Melo, no bairro Palmeira de Fora, periferia de Palmeira dos Índios.
Crime passional? Crime de mando? Só a Polícia Civil poderá esclarecer o fato criminoso ocorrido na pacata Palmeira dos Índios.
Além de corretor imobiliário, Reginaldo era ativo militante, defensor das causas cidadãs de seu município natal. Na eleição passada chegou a se candidatar a vereador pelo Partido Progressista, a convite da deputada Ângela Garrote, que enxergou no discurso forte de Reginaldo, uma liderança promissora.
Reginaldo era polêmico em seus pronunciamentos, geralmente utilizando as mesmas redes sociais que noticiaram sua morte, participando e criando grupos de whatsaap – de onde seu discurso mais repercutia apontando as mazelas ocorridas na cidade, chegando a acusar o prefeito de irregularidades graves em sua gestão e que em seu conceito apenas de benéfico para a população havia construído com recursos próprios um “passaporte”.
O corretor Reginaldo Fernandes efetivou sua candidatura a vereador, concorrendo pelo PP, utilizando carros de som pela cidade com discursos duros contra o gestor, mas não logrou êxito na eleição.
Homossexual assumido, Reginaldo defendia as minorias. Dizia em sua campanha que buscaria como vereador que “moradores de rua e pessoas que viviam de maneira abaixo da linha da pobreza fossem inseridas no mercado de trabalho por meio de cursos de qualificação para que saíssem das margens da sociedade”.
Após a derrota na eleição Reginaldo silenciou em suas reivindicações e críticas, continuando com suas atividades profissionais até ser morto no dia 25 de abril.
À primeira vista, correu um boato de que o crime teria sido cometido por alguns homens que passaram a noite bebendo com a vítima.
O corpo foi achado por populares que confirmaram a informação da festa realizada em sua residência e que os algozes teriam fugido levando seu carro, um ford ecosport branco.
O veículo da vítima foi localizado horas depois do crime em uma estrada vicinal, em uma área rural de Palmeira dos Índios. O Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML) foram acionados na ocasião e após os procedimentos necessários recolheram o corpo da vítima para o IML, de onde depois liberaram para o sepultamento.
Passado esse período do chocante crime, a polícia local a cargo do Dr. Rosivaldo Villar aguarda o resultado de uma perícia para continuar as investigações e promete – segundo a assessoria de comunicação da SSP que em breve trará a solução para o caso com a conclusão do inquérito.