A pressa pode ser inimiga do contribuinte na hora de entregar a declaração do Imposto de Renda, avisam os especialistas. Erros de digitação, como inverter a ordem de números ou trocar ponto por vírgula, são comuns e podem ser um transtorno. Portanto, faça a declaração com calma, tome conhecimento das regras para este ano, junte os documentos e comprovantes e comece. O prazo de entrega, que começa hoje, vai até as 23h59 de 29 de abril. Logo, há tempo para evitar dores de cabeça no futuro.
Alguns erros são recorrentes, e o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, alerta que é importante checar os dados das empresas, os valores recebidos, os gastos dedutíveis e bater os números antes de fazer o envio da declaração. Entre as falhas que mais levam contribuintes para a malha fina, está a omissão de uma segunda fonte pagadora.
Ao preencher o formulário, muitas pessoas acabam esquecendo de incluir rendimentos tributáveis, além da principal fonte pagadora — como aluguéis, serviços prestados, pensões, uma palestra ou mesmo uma aula particular. Não importa se o valor for baixo, pois a declaração de todos os rendimentos é importante para evitar cair nas garras do Leão.
DEPENDENTES – Outro erro comum, para o qual se deve ficar atento, é cometido por pais separados, que acabam não incluindo a renda dos dependentes, como pensões alimentícias. Além da renda paga aos filhos no caso de separação, os responsáveis devem declarar tudo dos dependentes. Remuneração com estágios e bolsas de estudo precisam ser incluídas na declaração.
O técnico do Fisco lembra que as restituições são pagas por ordem de recebimento, a partir de junho até dezembro. “A regra é: quem entrega primeiro recebe primeiro. Idosos, aposentados, pessoa com moléstia grave e deficientes também. Mas é preciso lembrar que é importante checar bem os dados antes de enviar, já que, se for necessário fazer uma declaração retificadora, o contribuinte vai para o fim da fila, mesmo tendo entregado nos primeiros dias”, destaca Adir.