A denominação de Povoado de Queimadas é referência ao local dos primeiros desmatamentos para introdução da agricultura. Quando desmatavam faziam-se as queimadas, daí o local continuou sendo conhecido por Queimadas.
Família Canuto foi uma das primeiras famílias que residiu na localidade, tanto é que o Grupo Escolar Municipal tem a denominação de Alfredo do Amaral Canuto.
O Poço da Nega que é outro atrativo turístico da região, pertence a quem afinal? Bom Conselho/PE ou Palmeira/AL? Aos dois municípios, pois o rio Bálsamo é a fronteira dos estados de Alagoas e Pernambuco.
A POPULAÇÃO VIVE DE QUE?
As fontes de renda provem da pecuária, agricultura, pesca e pequenos comércio. Ultimamente a renda da população tem melhorado com a introdução da piscicultura em cativeiro e irrigação, graças à Barragem do Bálsamo.
QUAL A ÁREA EM METROS QUADRADOS DO POVOADO?
Área do Povoado: 2,0 ha, aproximadamente. No entorno há várias nascentes, inclusive, uma existe antes da construção da barragem.
ATRATIVOS TURÍSTICOS
Em torno do Povoado Queimadas tem as serras do Justino, Alto Redondo, Pavão e Selador, além do Poço da Nega. O melhor acesso a comunidade de Queimadas é pela fazenda Boa Sorte, na zona rural de Palmeira dos Índios/AL.
ONDE FICAM AS NASCENTES DO RIO BÁLSAMO
O Rio Bálsamo tem nascentes em diversos locais, a exemplo dos sítios Novo, Riacho das Angélicas, Brito, Olho d’água dos crentes, Pavão, Pacas, Mata Verde, Grotão, Baixa Grande e a principal nascente fica no sítio Tamanduá.
As imagens podem parecer iguais, mas o ângulo em algum momento é diferente. Foram pelo menos 300 tarefas de terras desapropriadas para criar o espelho d’água da Barragem do Bálsamo.
As nascentes que brotam e jogam água no rio Bálsamos são perenes, ou seja, nunca falta água na barragem. No último período de seca que perdurou por mais de 7 anos na região, a barragem baixou seu nível d’água, mas superou o tempo, mesmo abastecendo 03 cidades, duas em Alagoas e uma em Pernambuco.
PRODUÇÃO DE BATATA
Alguns produtores vêm arrendando terras e a Celpe ajudando, disponibilizando a instalação de medidores para uso da energia-verde, destinada à irrigação. Existe também os produtores de verdura que migraram do sítio Serra do Amaro, em Palmeira dos Índios, diante da escassez d’água naquela localidade.
CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
A barragem foi construída nos anos 2002/2003 e sangrou nos anos 2004, 2010 e 2017. Muitos foram dos proprietários que tiveram suas terras inundadas, destacando-se Antônio Vitório, Fernando Medeiros, Eliezer Colatino, Fabrício Benjoino, Enéas Colatino, Genival Colatino, Antonio Gonçalo Canuto, Alfredo Cortes, Neno Leite e outros, totalizando 350,0 hectares de área inundada.
A barragem do Bálsamo tem uma capacidade de 20 milhões de metros cúbicos de água. Nesse momento, ela está há poucos metros para sangrar (como diz no popular), devido as chuvas que caíram dias atrás.
ACABOU O ARTESANATO DE PALHA?
O artesanato de Palha não existe mais. A maioria das mulheres, após a seca de 2016, procuraram outras fontes de renda, principalmente em São Paulo, uma vez o plantio de bananeira foi devastado pela seca, naquele ano. Atualmente o plantio de bananeira está retornando, mas as artesãs estão em outros Estados.
ATRATIVO PRINCIPAL
A Cachoeira do Tamanduá também é conhecida como Cachoeira de Antônio Vitório, fica há menos de 100 metros da barragem. Aos finais de semana serve de ponto de lazer para moradores da região e tem recebido visitantes de outros lugares.
QUAL A ÁREA EM METROS QUADRADOS DO POVOADO?
Área do Povoado: 2,0 ha, aproximadamente. Distante do distrito de Rainha Isabel, apenas 04 km.
Na próxima reportagem contarei mais sobre os ATRATIVOS TURÍSTICOS da região. Se você não conhece ainda, através desse portal e do projeto Poeta Viagens e Aventura, você compreenderá da importância desse lugar para o município de Bom Conselho. Lamentável é saber que a gestão atual não enxerga isso e só aparece na comunidade quando é para pedir votos…
1 Comentário
Viajei no tempo e me vi nessas imagens, a minha família, CANUTO, iniciou sua história nesse lugar e permanece até hoje, enraizados, iguais a essa vegetação que não se acaba.
Boa lembranças
Linda reportagem e historicidade